segunda-feira, 25 de junho de 2007

Petição on-line






ESTA PETIÇÃO É MAIS UMA TENTATIVA ENTRE MUITAS DE TENTAR ADIAR A DISCUSSÃO DO NOVO REGIME JURIDICO, PARA TENTAR ENVOLVER TODA A COMUNIDADE ACADÉMICA NO DEBATE.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Sobre a Eutanásia


É certamente um tema ainda considerado tabu em algumas sociedades e discutido em tantas outras. Por isso, é muitíssimo importante estar-se informado sobre o que é ao certo a eutanásia, quem a defende ( e porquê ), quem é contra ( igualmente porquê ) e as visões da sociedade sobre uma questão aparentemente individual.
Os excertos principais de textos que lerão em seguida estão na Wikipédia . A fim de quererem ficar completamente esclarecidos, consultem o link anterior.

A eutanásia representa atualmente uma complicada questão de bioética e biodireito, pois enquanto o estado tem como princípio a proteção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que devido ao seu estado precário de saúde desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a morte.
É relevante distinguir eutanásia de "suicídio assistido", na medida em que na primeira é uma terceira pessoa que executa, e no segundo é o próprio doente que provoca a sua morte, ainda que para isso disponha da ajuda de terceiros.


Em debate

Há quem defenda o direito à morte com dignidade e há quem entenda que não cabe aos homens pôr termo à vida. Pessoal e profissionalmene, na abordagem do “direito” de escolha pela morte ocorrem conflitos de interesses e opiniões diferentes, fundamentadas pelo percurso de vida e por componentes biológica, psico-afectiva, social, econômica e cultural que caracterizam cada um de nós. Eutanásia tem recebido cada vez mais atenção nos dias de hoje, na imprensa, em mesas redondas ou na informal conversa entre amigos. O debate tem levantado aspectos importantes: pessoais, científicos, educacionais, religiosos, sociais e econômicos. Esta discussão tornou-se ainda mais presente quando se discute os direitos individuais dos seres organizados em sociedade, e o ato de cidadania permite a exigência de mais direitos

Argumentos a favor

Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita que esta seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um caminho consciente que reflecte uma escolha informada, o término de uma vida em que, quem morre não perde o poder de ser actor e agente digno até ao fim.
Eutanásia não defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe como melhor opção ou a única.
A escolha pela morte, não poderá ser irreflectida. As componentes biológicas, sociais, culturais, económicas e psíquicas têm que ser avaliadas, contextualizadas e pensadas, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências exteriores à sua vontade, certifique a impossibilidade de arrependimento.
A autonomia no direito a morrer não é permitida em detrimento das regras que regem a sociedade, o comum, mas numa politica de contenção económica, não serão os custos dessa obrigatoriedade elevados?

Argumentos contra

São muitos os argumentos “contra” a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a Eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele pode tirar a vida de alguém. “ A Igreja, apesar de estar consciente dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o carácter sagrado da vida,...” (Pinto, Susana; Silva, Florido,2004, p.37).
Da perspectiva da ética
médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a Eutanásia é considerada homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento Hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além disto, pode-se verificar a existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados pela Medicina tradicional e depois procurando outras alternativas conseguem se curar.

Perspectiva do doente


As pessoas com doença crónica e, portanto, incurável, ou em estado terminal, têm naturalmente momentos de desespero, momentos de um sofrimento físico e psíquico muito intenso, mas também têm momentos em que vivem a alegria e a felicidade. Estas pessoas lutam dia após dia para viverem um só segundo mais. Nem sempre um Ser Humano com uma determinada patologia quer morrer “porque não tem cura”! Muitas vezes acontece o contrário, tentam lutar contra a Morte, tal como refere Lucien Israël: "Não defendem uma politica do tudo ou nada. Aceitam ficar diminuídos desde que sobrevivam, e aceitam sobreviver mesmo que sintam que a doença os levará um dia. (...) dizem-nos com toda a simplicidade: se for necessário, eu quero servir de cobaia. (...) arriscam o termo para nos encorajarem à audácia. (Israël, Lucien; 1993; 86-87).

"Não podemos admitir que estas pessoas não tenham um acompanhamento digno na sua morte e no seu percurso até ela. Não podemos fechar os olhos a alguém que com muito sacrifício se abre connosco e manifesta o desejo de morrer; não podemos ignorar um pedido de Eutanásia e deixá-lo passar em branco! Os pedidos de Eutanásia por parte dos doentes são muitas vezes pedidos de ajuda, implorações para que se pare o seu sofrimento! Segundo estes autores, a maioria das pessoas que se encontram na reta final da sua vida, não desiste! Estas pessoas “Persistem e dão-nos coragem para fazermos o mesmo." (Israël, Lucien; 1993;87).
Talvez a esta altura seja pertinente pensarmos que um dia podemos ser nós, um familiar ou um amigo próximo, a estar numa situação em que “não há mais nada a fazer”; para essas pessoas, resta-lhes a esperança e apoio da família. Muitas pessoas que se encontram nesta fase, sentem-se um peso pela doença e a necessidade de cuidados e pela preocupação e o cansaço estampados nos rostos daqueles que amam e estavam habituados a ver sorridentes.
No entanto, e após as relações anteriores, não é correto pensar que um pedido de Eutanásia não possa ser um pedido refletido e ser a verdadeira vontade daquele Ser Humano, alheia a factores económicos, sociais, culturais, religiosos, físicos e psíquicos.


Família e sociedade

O Homem como animal cultural, social e individual, quando inserido nos diferentes grupos, vai oferecer-lhes toda a sua complexidade que caracteriza o particular e o comum aos diferentes elementos que os constituem. A família grupo elementar que é para cada indivíduo e para a Sociedade, quando confrontado com a morte reage na sua especificidade que a caracteriza, quando o confronto é com as diferentes situações que podem levar um ser humano a lutar pelo direito a morrer, essas especificidades não desaparecem.

Num país como Portugal em que a morte tem perdido visibilidade, é excluída de práticas antigas, os familiares são afastados, as crianças não sabem o que é, os processos de luto são cada vez menos vividos e morre-se mais no hospital, no lar ou em casa dependente nos cuidados. Uns por opção e altruísmo, pelo manter do seu papel e estatuto social, como opção lúcida e reconhecida; outros por medo, por a família não aceitar ou não querer vivenciar essa ultima fase em que culmina a vida. Em Portugal morrer sozinho pode ser mais do que um título, é muitas vezes realidade ou uma escolha.


in Wikipédia

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior

Amigos da FAInA
O novo regime juridico das instituições do Ensino Superior vai ser aprovado no próximo dia 28 de Junho. É muito importante que tod@s estejamos informados sobre o que realmente significam as alterações que este novo regime prevê e o que vamos ter de enfrentar.
Amanhã esperamos já ter um texto neste blog sobre o assunto mas ficam já informados de um encontro que está marcado para toda a gente que queira debater a questão:
aos estudantes
aos professores
aos funcionários




no dia 28 de Junho, o RJIES será votado na AR
vem à reunião
para todos juntos decidirmos o que faremos


4ª feira (dia 20)
às 18h
na coop. cultural
Crew Hassan
[R. Portas de Santo Antão, 159, 1º]

sábado, 9 de junho de 2007

Agenda Cultural

Agenda cultural

Caros leitores e caras leitoras:

É com grande prazer que escrevemos a primeiras das muitas agendas culturais da FAInA!

A nossa agenda cultural não é nada mais do que uma selecção cuidadosa e de confiança que nós decidimos fazer para vos facilitar a vida. Ou seja, em vez de se debruçarem sobre toneladas de programações de varias instituições nós fá-lo-emos por vós! Tentámos colocar um pouco de tudo. Desde o teatro ate à música clássica, passando por exposições e actividades lúdicas ou pura e simplesmente relaxantes nas quais vocês poderão participar. Lembrem-se que existem descontos para estudantes e preços especiais para grupos alem das belas actividades “à borliu” que nós tanto gostamos! Por isso consideram as hipóteses oferecidas e façam programas diferentes com os vossos amigos!

Para mais informações contactem:

www.musica.gulbenkian.pt

www.culturgest.pt

www.agendalx.pt


Fundação Calouste Gulbenkian:

16 (21:30) / 17 (17:30) Junho – “Olhar o Estado do Mundo” (cinema)

21/22/23 (21:30) Junho – “Return to Sender – Letters from Tentland” (teatro)

2 Junho a 8 Julho – todos os fins-de-semana com actividades diferentes

6 Junho a 9 Setembro –“50 anos de arte portuguesa” (exposição)

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Calouste Gulbenkian:

Orquestra Gulbenkian – 9/10 Junho; 30/1 Junho; 7/8 Julho (concerto)

Musica urbana – 16/17 Junho; 23/24 Junho; 28 Julho (concerto)


Teatro D. Maria II

Namanha Makbunha – 31 de Maio a 1 Julho

Ricardo II – 8 Junho a 8 Julho

Culturgest:

A partir de 2 Junho até meados de Setembro - Irwin (exposição)

A partir de 2 de Junho ate meados de Setembro – Miguel palma (exposição)

26 Junho – Mário Laginha (Jazz)

29 Junho – A viúva astuta (Teatro)

terça-feira, 5 de junho de 2007

Legalização das Drogas Leves

A FAInA vai organizar a sua primeira actividade amanhã, um debate sobre a legalização das dorgas leves.
Este é um dos temas que queremos trazer para o debate na nossa faculdade e achámos que um debate seria o melhor para que tod@s pudessem ficar um pouco mais informados e também expressar as suas opiniões sobre a questão.

Deixo-vos aqui o manifesto na organização portuguesa da Marcha Global da Marijuana. Para quem estiver interessado fica também o link para o site del@s: http://www.mgmlisboa.org/

Esaperamos ter mais textos sobre o tema em breve. Quem quiser pode enviar um mail com textos que nós publicamos.

Manifesto

Não sendo inócua, a canábis é certamente uma das drogas conhecidas mais seguras. Os
riscos do seu consumo são mínimos, principalmente quando comparada com outras
substâncias largamente consumidas e aceites pela lei e pela sociedade.
Mesmo considerando o seu consumo prejudicial, tal não é razão para a ilegalização da
substância e respectiva penalização dos consumidores. É uma questão de direitos humanos.
As pessoas devem ter o direito de optar consciente e informadamente por consumir, mesmo
que isso não seja benéfico para elas. Consumir ou não, deve ser uma escolha pessoal e não
uma imposição legal.
A proibição NÃO é do interesse público. Põe em risco a saúde dos cidadãos, fomentando o
mercado negro e a adulteração dos produtos.
Os maiores riscos para o consumidor e para a sociedade não existiriam se não existisse a
proibição.
O consumo não gera violência e criminalidade nem ameaça a saúde pública, a proibição sim.
A proibição inibe a investigação e o acesso a um recurso com inúmeras utilizações benéficas.
Desde a medicina à alimentação, passando pela produção de fibra, pasta de papel, energias
alternativas (biomassa, bioetanol) e, claro, o uso relaxante e recreativo (uma alternativa menos
prejudicial que o álcool, por exemplo). Existem tantas utilizações com grandes vantagens
sociais e económicas que é incompreensível, e até absurdo, que se mantenha a proibição de
uma planta com tamanho potencial.
A legalização é um passo muito importante que beneficiará as pessoas, a sociedade e o
ambiente.
A experiência mostra-nos que o uso recreativo de canábis não é uma grave ameaça nem aos
consumidores, nem à sociedade. Cabe ao Estado o dever de provar o contrário se pretende
continuar a limitar a liberdade individual e a penalizar os consumidores.