terça-feira, 5 de junho de 2007

Legalização das Drogas Leves

A FAInA vai organizar a sua primeira actividade amanhã, um debate sobre a legalização das dorgas leves.
Este é um dos temas que queremos trazer para o debate na nossa faculdade e achámos que um debate seria o melhor para que tod@s pudessem ficar um pouco mais informados e também expressar as suas opiniões sobre a questão.

Deixo-vos aqui o manifesto na organização portuguesa da Marcha Global da Marijuana. Para quem estiver interessado fica também o link para o site del@s: http://www.mgmlisboa.org/

Esaperamos ter mais textos sobre o tema em breve. Quem quiser pode enviar um mail com textos que nós publicamos.

Manifesto

Não sendo inócua, a canábis é certamente uma das drogas conhecidas mais seguras. Os
riscos do seu consumo são mínimos, principalmente quando comparada com outras
substâncias largamente consumidas e aceites pela lei e pela sociedade.
Mesmo considerando o seu consumo prejudicial, tal não é razão para a ilegalização da
substância e respectiva penalização dos consumidores. É uma questão de direitos humanos.
As pessoas devem ter o direito de optar consciente e informadamente por consumir, mesmo
que isso não seja benéfico para elas. Consumir ou não, deve ser uma escolha pessoal e não
uma imposição legal.
A proibição NÃO é do interesse público. Põe em risco a saúde dos cidadãos, fomentando o
mercado negro e a adulteração dos produtos.
Os maiores riscos para o consumidor e para a sociedade não existiriam se não existisse a
proibição.
O consumo não gera violência e criminalidade nem ameaça a saúde pública, a proibição sim.
A proibição inibe a investigação e o acesso a um recurso com inúmeras utilizações benéficas.
Desde a medicina à alimentação, passando pela produção de fibra, pasta de papel, energias
alternativas (biomassa, bioetanol) e, claro, o uso relaxante e recreativo (uma alternativa menos
prejudicial que o álcool, por exemplo). Existem tantas utilizações com grandes vantagens
sociais e económicas que é incompreensível, e até absurdo, que se mantenha a proibição de
uma planta com tamanho potencial.
A legalização é um passo muito importante que beneficiará as pessoas, a sociedade e o
ambiente.
A experiência mostra-nos que o uso recreativo de canábis não é uma grave ameaça nem aos
consumidores, nem à sociedade. Cabe ao Estado o dever de provar o contrário se pretende
continuar a limitar a liberdade individual e a penalizar os consumidores.

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